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Na passada sexta-feira, 22 de novembro, cerca de duas dezenas de engenheiros, arquitetos, gestores e paisagistas participaram em mais uma visita técnica organizada pela ULI Portugal, desta feita sob o mote da “Sustentabilidade dos Centros Comerciais.” O Centro Colombo, em Lisboa, foi o palco e o caso de estudo nesta iniciativa, que teve como anfitriã a responsável do departamento de Sustentabilidade da Sonae Sierra, Elsa Monteiro.
Fonte oficial da ULI Portugal explicou à VI que esta iniciativa visou “debater um tema atual e de interesse para os membros e potenciais membros da ULI, numa versão menos conhecida: centros comerciais.” É que, nota a mesma fonte, “regra geral o tema da sustentabilidade é mais discutido dentro do setor residencial ou na hotelaria e inclusive mesmo a uma escala maior já ao nível das cidades; mas pela ULI Portugal ainda não tinha sido tratado ao nível dos centros comerciais.”
Ao longo da manhã, os participantes puderam conhecer de perto a abordagem de sustentabilidade da Sonae Sierra ao nível dos centros comerciais, mostrando como esta pode contribuir para a melhoria da qualidade e da eficiência do edifício. E, o Centro Colombo foi a referência escolhida para exemplificar as opções que podem ser incorporadas na conceção e remodelação de um edifício, de forma a permitir uma melhoria contínua do desempenho ambiental e uma minimização dos riscos de um centro comercial.
A “aula” desdobrou-se em duas partes. A primeira, teórica arrancou logo pelas 9h30 da manhã nos escritórios da Sonae Sierra na Torre Ocidente, com uma apresentação levada a cabo por Elsa Monteiro, que também acompanhou o grupo durante toda a manhã. Seguiu-se uma componente mais prática, com a visita ao Centro Colombo, onde os visitantes puderam ver de perto as medidas postas em prática pela Sonae e que foram discutidas na sessão do início da manhã.
O custo da implementação de medidas promotoras da sustentabilidabilidade de um edifício, quer ao nível da fase de projeto, quer após a sua construção; e a implicação destas medidas nos custos finais da exploração foram alguns dos temas debatidos nesta manhã. Na ocasião foram ainda apresentados, caso a caso, as economias obtidas no Centro Comercial Colombo após duas intervenções no edifício escalonadas no tempo. Num ambiente “informal e de grande diálogo,” foram explicadas as poupanças obtidas ao nível dos recursos utilizados pelo edifício (energia, água e materiais). Foi dada também uma visão global do tipo de certificações que existem nesta área, daquelas que são as melhores práticas a nível internacional e como muitas vezes, as soluções para determinados aspetos têm que ser locais.
No final, o balanço foi muito positivo reconhece a ULI Portugal. “Estamos em crer que nenhum dos alunos visitará um centro comercial de ora em diante sem se perguntar sobre o que está para lá das paredes das lojas,” diz a mesma fonte.
Entretanto, a ULI Portugal já está a preparar os próximos eventos, estando a organizar a vinda a Portugal de Rafael Kisslinger da Silva, chefe do ULI European Young Leaders Committee e especialista em imobiliário no Brasil. A visita deste responsável ao nosso país dará o mote para uma mesa redonda subordinada ao tema “Investir no Brasil.”